02 novembro, 2009

Sem razão de existir




"Devaneios...
e a impossibilidade de realizá-los.

Do rosto marcado brota um sorriso...
sem esperança.

Sob o olhar inundado um vasto mar...
sem controle, explode em lágrimas.

As mãos trêmulas anseiam tocar...
a sua volta apenas estilhaços de vidro.

Abafado pelas circunstâncias, o grito finalmente sai...
não havia ninguém para ouví-lo.

Permanece imóvel sob o eco dos elogios...
das críticas.

Sem forças põe-se em pé...
em mais uma tentativa frustrada.

Encontra uma porta...
como as anteriores está fechada.

O pobre coração está cansado das decepções,
desmancha-se em tristeza, e bate como pela última vez...

Reconhece que não pode,
mas insiste, quer lutar, não se dá por vencido.

Isso não o tornou herói,
mas me ensinou a viver."

3 comentários:

  1. Muito bonitinho seu casulo poético, querida! Ele promete. Bem vinda à blogosfera.

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  2. Adorei, você é de mais, falar da vida não é facil.
    O mundo está cheio de heróis,
    que não se tornaram "heróis",
    mas são verdadeiros heróis.

    Ezequias J.

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  3. Ainda não tinha visto esta linda história de morte....ou seria de vida....
    O principal é que nada se faz sem um propósito maior, que nos circunda, nos consome e nos deleita, salienta a verdade e impele o amor em nós, pois quem crer Nele, mesmo que esteja morto viverá.

    Elias

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